Hoje quero falar sobre algo que me aconteceu na semana passada, e que achei importante compartilhar…
Eu errei!
Como CEO e líder da Floway, empresa especializada em desenvolvimento de liderança, vivo o dia a dia das dores e desafios que os líderes enfrentam, seja dentro da Floway ou convivendo e conversando com os líderes nos treinamentos e mentorias.
E sabe de um grande desafio? Sem dúvida, é saber lidar com os próprios erros e pedir desculpas quando necessário.
Recentemente, vivi uma situação que me fez refletir ainda mais sobre a importância dessa atitude.
A situação aconteceu com a Bibiana Carvalho, minha Head de CX. Fui dar um feedback sobre algo que achei que ela deveria considerar e mudar, quentinho, no momento em que vi uma situação, assim como manda o figurino. Mandei uma mensagem de áudio, explicando o que vi e o que gostaria que ela considerasse. Falei de forma empática, com comunicação não violenta, disse o que achava importante, fiz meus pedidos e deixei espaço para que ela trouxesse como ela se sentia sobre o que eu estava dizendo. Arraseiiii, #sóquenão.
Mandei o áudio e entrei em reunião…. e logo senti comigo mesma que não tinha feito uma boa ação… percebi que eu poderia ter invadido o espaço dela e a forma genuína dela de ser… em outras palavras: ENTREI NO COMO.
Aqui na Floway – e nos nossos treinamentos – nós falamos bastante sobre o líder alinhar a comunicação, falar o que quer, porque quer, para quando e para quê quer, e dar autonomia para o como, para que o time possa se desafiar, se engajar e se desenvolver.
E eu fui lá e o que? Entrei no como….
A resposta da Bibi foi ótima: “Iara, eu ouvi e entendi, mas não concordo… vou trazer como é para mim receber esse seu pedido..” E me trouxe o desconforto dela não ter autonomia para o como e para ser ela mesma. Sensacional, parabéns Bibi. #arrasou #deverdade
Eu já tinha sentido, e o retorno dela só confirmou… eu errei.
O que eu fiz? Chamei ela para uma call rápida de 10min, e pedi desculpas, ao vivo, e não mais por áudio.
Reconheci que ela estava certa, que eu havia realmente entrado demais no como, pedi que ela desconsiderasse e falei que ia colocar mais atenção para que isso não acontecesse. Que eu gostaria que ela tivesse autonomia para sugerir e fazer da forma dela, e que eu escorreguei. Tivemos uma conversa ótima e combinamos dela me dar mais feedbacks caso isso voltasse a acontecer. Ela saiu satisfeita de ter espaço, ser ouvida e confirmada. E eu saí satisfeita de saber que realmente temos uma cultura de Segurança Psicológica, e que estamos todos em evolução e desenvolvimento.
O que me permitiu chegar a essa conclusão? A segurança psicológica. Senti que podia me abrir com a Bibi, admitir meu erro e pedir desculpas sem medo de retaliações ou julgamentos. E ela, por sua vez, se sentiu segura para me dar um feedback honesto e direto, mesmo que discordasse do meu ponto de vista.
Essa experiência me fez pensar e vir aqui falar sobre a liderança autêntica que se baseia na humildade e na disposição para aprender. Um líder autêntico não precisa saber tudo, nem ter todas as respostas. Ele reconhece seus erros, pede desculpas quando necessário e está aberto a feedback.
Mas como criar um ambiente onde a segurança psicológica floresça? Aqui vão três dicas práticas que você, como líder, pode adotar:
1. Demonstre empatia e interesse genuíno: Coloque-se no lugar dos seus colaboradores, busque entender suas perspectivas e sentimentos. Mostre que você se importa com o que eles têm a dizer.
2. Incentive o diálogo aberto e honesto: Crie um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis para falar o que pensam, mesmo que discordem de você. Incentive o debate e a troca de ideias.
3. Cometa erros e aprenda com eles: Ninguém é perfeito, e todos erramos. O importante é reconhecer os erros, aprender com eles e usá-los como oportunidades de crescimento.
E claro, pegue a moral da história aqui, e também peça desculpas e admita seus erros quando necessário.
Lembre-se: a segurança psicológica não é um privilégio, é uma necessidade. Ao criá-la em sua equipe, você estará abrindo caminho para um ambiente mais colaborativo, produtivo e inovador.
E ainda deixo uma sugestão, que usamos aqui na Floway: o time também pode se responsabilizar por desenvolver seu líder, bem como o líder se responsabiliza por desenvolver seu time. Assim o crescimento é muito mais rápido, e os objetivos são alcançados com mais eficiência.
Liderança não se trata de ter todas as respostas, mas sim de criar um ambiente onde todos se sintam seguros para aprender e crescer juntos.
Obrigada Bibi pela confiança, segurança e oportunidade de aprendizado =)
#liderançaautêntica #segurançapsicológica #feedback #desenvolvimentodeliderança #floway
P.S. Se você busca desenvolver suas habilidades de liderança e criar um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo, a Floway pode te ajudar. Entre em contato conosco e saiba mais sobre nossos programas de treinamento.