Estava preparando o tema da mentoria de RH da Floway, e me dei conta do quanto esse tema é essencial para as empresas e, principalmente, para tornar o RH uma área estratégica na empresa: Engajamento
Tema super falado, super pedido, mas nem sempre bem entendido e, principalmente, desafiador de se criar na prática.
Isso porque ele depende de muitas variáveis, da empresa, do time, das pessoas. E, enquanto RH, podemos fazer apenas 50% do trabalho – criar um caminho inclusivo e convidativo ao engajamento. E cabe aos colaboradores fazer os outros 50% – ao receber o convite, aceitá-lo e efetivamente caminhar sobre ele.
O papel da área de People (RH, gente, gestão, cultura, e todos os outros nomes…) se torna crucial na construção de equipes de alto desempenho.
O elemento-chave que permeia todas as ações e estratégias do RH é o engajamento. Mais do que uma métrica, o engajamento é a “cola” que une as pessoas aos seus objetivos individuais, aos do time e aos da empresa como um todo.
O Engajamento como Fator Estratégico:
Para o RH ser verdadeiramente estratégico, suas ações precisam estar intrinsecamente conectadas ao engajamento. Este não é apenas um indicador; é o alicerce que sustenta a cultura, a produtividade e a inovação. Engajar-se com a empresa, com os times e com as atividades diárias é a essência que transforma o RH de um departamento funcional para uma força propulsora dos objetivos organizacionais.
POV: Mas espera ai Iara, começa do começo… o que é esse tal de Engajamento?
O engajamento é um sentimento de comprometimento e entusiasmo que os colaboradores têm com a empresa, com o seu trabalho e com os seus colegas. Ele é influenciado por diversos fatores, como a cultura organizacional, o clima organizacional, as oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional, e o senso de propósito.
Particularmente gosto de pensar em engajamento em 3 níveis: Engajamento com a Empresa, com o Time e com as minhas atividades.
Esses três fatores precisam estar alinhados para desenvolver engajamento com a empresa de forma efetiva.
E por que isso é extremamente estratégico para o RH?
Porque, pensa comigo… porque a área de RH existe?
Vamos começar do começo: Uma empresa surge, para suprir uma necessidade do mercado. Inicialmente ela tem apenas seus fundadores, entusiastas que querem construir algo, e que se engajaram com a possibilidade de transformar a ideia em algo concreto e efetivo para o mercado.
A partir disso, desdobram todas as necessidades de uma empresa – vender, se organizar, planejar, atender clientes, divulgar sua marca, etc etc etc
Em algum momento os founders não dão mais conta de fazer tudo que precisa – por necessidade de expertises específicas ou por necessidade de mais demanda de trabalho – mais pessoas para fazer.
E aii, começam a surgir as equipes. Elas surgem para suprir uma necessidade básica – dar conta de alcançar os objetivos que foram traçados lá no inicio, de tirar a ideia do papel e realmente ajudar a resolver algum problema de mercado, suprir essa necessidade e crescer com isso.
A partir desse momento, algo se torna PRIMORDIAL, que as pessoas que entraram nessas equipes estejam engajadas para ajudar a construir esse objetivo juntas, afinal, foi esse o motivador que fez com que a empresa buscasse mais pessoas.
Claro que isso é uma via de mão dupla, é bom para a empresa ter pessoas e é bom para as pessoas ter a empresa, e quanto mais ganha-ganha for esse processo, melhor.
E aí surge a necessidade da área de Gestão de pessoas, Gente e Gestão, Gestão e Cultura, People, People Experience ou RH: Ajudar a alinhar essas pessoas e esses times ao propósito inicial da empresa, e contribuir para que essas pessoas juntas cheguem as melhores decisões e ações para alcance desse propósito e objetivo.
Mas claro que cada pessoa e time tem também seu próprio propósito e objetivo, e para que tudo isso dê certo, é essencial que todos esses objetivos estejam alinhados e conectados, se não, vai cada um para um lado, e o caos acontece.
Então por que o RH existe? Para ajudar e contribuir estrategicamente para esse alinhamento de objetivos e ações – ou seja, para cuidar e manter o engajamento das pessoas com a empresa.
E isso desdobra para todas as ações e processos de RH – saber quem contratar que se conecte com os objetivos da empresa e com a sua cultura e forma de atuar, bem como com o perfil das pessoas do time; fazer onboarding que motive e engaje quem está chegando, manter as pessoas na empresa conectadas e engajadas através de diversos processos que promovam propósito, maestria e autonomia: alinhamentos estratégicos, teambuilding, avaliações de performance, planos de desenvolvimento, momentos de reconhecimento, feedbacks, ações temáticas, etc etc etc.
Faz sentido?
Então vamos lá:
Desenvolvendo Estratégias Concretas:
Desde os estágios iniciais de um colaborador até o desenvolvimento contínuo, o RH pode moldar experiências que nutrem o engajamento:
- Processos Seletivos e Onboarding Significativos:
Incorporar valores e propósito desde a seleção.
Proporcionar um onboarding envolvente, conectando novos membros à missão e visão.
- Avaliação de Desempenho como Ferramenta de Crescimento:
Trocar a mentalidade de avaliação para desenvolvimento.
Fomentar conversas de feedback construtivo e identificar oportunidades de aprendizado.
- Teambuilding para Fortalecer Vínculos:
Investir em atividades que promovam a coesão e entendimento mútuo.
Criar rituais culturais que fortaleçam o senso de pertencimento e identidade.
Conectando à Motivação Humana:
Engajamento tem muita conexão com motivação. E eu, particularmente, gosto muito da abordagem do Daniel Pink, no livro Drive (ou Motivação 3.0), que fala que a motivação se sustenta em 3 pilares: Propósito, Maestria e Autonomia
O RH pode criar um ambiente que naturalmente conduz ao alto engajamento. Proporcionar propósito nas tarefas, promover a busca pela maestria e conceder autonomia no trabalho são alicerces para um RH estratégico – e claro, não só do RH, mas também dos líderes.
O Convite ao Alto Engajamento:
Ao construir as bases para o engajamento, o RH não apenas se posiciona como uma área indispensável, mas também cria um convite para que os colaboradores contribuam ativamente. É um caminho de colaboração mútua, onde o RH lidera com estratégias sólidas, e os colaboradores respondem com engajamento e paixão por seus objetivos e os da empresa.
Ao nos comprometermos a entender e nutrir o engajamento, o RH se transforma em um catalisador para o sucesso organizacional. Uma equipe engajada é uma equipe pronta para superar desafios, inovar e trilhar o caminho do sucesso coletivo.
Como saber se meu time ou minha empresa está engajada?
Meça!
Medir engajamento, para mim, é uma das principais métricas para o RH.
Se a principal função é garantir o engajamento, ela também é a principal métrica. Até porque, gosto de dizer que o engajamento é impulsionador de grandes entregas e preditor de grandes problemas. Saber o nível de engajamento ajuda a saber se teremos grandes entregas ou grandes problemas, e isso é estratégico!
Na Floway nós medimos? Sim!
Um dos nossos carros chefes é a medição de Felicidade, Engajamento, Saúde mental e Segurança Psicológica. E com ela conseguimos sim dizer se os times estão andando para grandes entregas ou grandes problemas, bem como dizer o que está dando certo e deve ser mantido na cultura, e o que pode ser olhado com mais atenção e cuidado, para fortalecer o engajamento e alcance de objetivos.
E por sabermos que engajar e construir um ambiente onde as pessoas se sentem bem, felizes e seguras é uma tarefa árdua e desafiadora, nós também certificamos as empresas que conseguem promover esse estado, como uma forma de reconhecer e valorizar essa conquista, porque sabemos que não é sem esforço que se chega a um ambiente de felicidade e segurança.
Quer saber mais sobre nossas certificações? Entre em contato com a Floway
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